domingo, 31 de janeiro de 2016

CARNAVAL DE SALVADOR

 CARNAVAL     DE     SALVADOR

 

O Carnaval de Salvador é uma festa popular de rua que é organizada anualmente em Salvador, no estado da Bahia. O Carnaval da Bahia é a festa de participação popular do mundo. Pelo menos no Carnaval de Salvador, o evento atrai mais de 1 milhão de turistas.

Salvador é a capital do axé, ritmo da Bahia que caracteriza o Carnaval no Estado e foi originado na década de 50 por Dodô e Osmar, a partir de uma mistura do frevo Pernambucano e a guitarra elétrica. Os trios elétricos também são uma das principais marcas, eles percorrem os circuitos do carnaval levando renomados artistas nacionais.



Os foliões festejam em três principais circuitos: Dodô (Barra-Ondina), Osmar (Campo Grande) e Batatinha (Centro Histórico). A maioria dos blocos/trios elétricos que desfilam são pagos, mas há também a programação do Furdunço e blocos sem corda que são gratuitos: conhecidos como carnaval pipoca.

Outra opção da programação é curtir o “Carnaval nos Bairros”: são estruturados palcos para realização de shows em bairros como Cajazeiras, Itapuã, Periperi, Plataforma, Pau da Lima e outras regiões. Há também o Palco do Rock, onde é possível conferir uma programação mais alternativa.

O  evento é conhecido principalmente pelas diversas opções de Camarotes Particulares que trazem grandes atrações do Brasil para a cidade nesta época do ano. Os dois principais circuitos da festa com camarotes são: Barra Ondina /Dodô (o mais badalado) e o Campo Grande / Osmar.

A comemoração carnavalesca na cidade teve início no século 20, assim como todos os outros carnavais do país. A festa é uma grande manifestação cultural e popular que reúne pessoas de diversas idades, estilos, classes e gostos.

No início, as comemorações eram feitas na Baixa do Sapateiro e só a partir da década de 50 o Carnaval de Salvador começou a ganhar uma forma mais definida.  Foi em 1950 que o primeiro trio elétrico, que tinha o nome de “Clube Vassourinhas”, desfilou nas ruas da cidade e a partir de então vários outros surgiram para animar as pessoas que estavam nas ruas.

Mesmo com os trios já existentes, a tradição mesmo só foi aparecer e se concretizar na década de 60, quando a Prefeitura da cidade organizou concursos de trios, o que gerou uma certa competitividade e fez com que muitos melhorassem os carros a cada ano.

Com o grande crescimento da festa, o Carnaval de Salvador começou a atrair patrocinadores a partir de 1990, começou a introduzir novos ritmos como a música afro e a atrair muitas pessoas de outras regiões.


Fonte de pesquisa: http://carnavalsalvadorbahia.com.br/o-carnaval-de-salvador

sexta-feira, 3 de julho de 2015

DOIS DE JULHO : FESTA CÍVICA E HISTÓRICA NA BAHIA

Independência do Brasil e o Dois de Julho

A Independência do Brasil não se definiu com o discurso de D. Pedro I em Sete de Setembro de 1822. O Grito do Ipiranga foi, na verdade, um grito de guerra e ela ocorreu no Norte e Nordeste do País. As lutas no Recôncavo baiano foram as mais sangrentas e a Independência da Bahia teve um papel chave na consolidação da Independência do Brasil.
Até 1763, Salvador foi a capital do Brasil. Os portugueses estavam instalados na região há mais de 200 anos. Portugal era, na época, uma das maiores potências mundiais.
O processo de independência do país iniciou-se com os movimentos separatistas do fim do século 18, principalmente em Minas Gerais e Bahia.

A Conjuração Baiana, em 1798, também conhecida como Revolta dos Alfaiates, foi um movimento abrangente, com grande participação popular. Buscava-se instalar uma república independente e a libertação dos escravos. A revolta foi sufocada pelos portugueses.

Com as pressões pela independência, as tropas portuguesas retiraram-se para províncias do Norte e Nordeste do País, com o comando português centralizado em Salvador.
Em fevereiro de 1822, chegou de Portugal a designação do brigadeiro Madeira de Mello para o comando das Armas, na Bahia. A Câmara Municipal negou-se a dar posse ao novo comandante. A partir de então, iniciou-se as lutas entre portugueses e brasileiros. Os soldados lusos tomaram Salvador. Os brasileiros cercaram a cidade e intensificaram a guerrilha urbana.
As batalhas ocorreram em todo o Recôncavo baiano com os brasileiros inicialmente sob o comando do general Pedro Labatut e, posteriormente, do coronel José Joaquim de Lima e Silva. O exército brasileiro conquistou gradativamente o controle das cidades do Recôncavo.
A batalha decisiva foi a de Pirajá, no subúrbio de Salvador.
Em Dois de julho de 1823, as tropas brasileiras entraram em Salvador.
O entendimento histórico é que, caso os portugueses vencessem na Bahia, haveria um avanço para a reconquista do Sudeste do País. Nesse sentido, as lutas na Bahia foram fundamentais para Independência do Brasil

http://www.bahia-turismo.com/independencia.htm


Mais: entrevista com Luís Henrique Dias Tavares sobre a Independência do Brasil e História da Bahia

                                            Maria Quiteria

Monumento a Maria Quitéria no Largo da Soledade, em Salvador. Homenagem a uma das heroínas nas lutas pela Independência. Maria Quitéria de Jesus Medeiros (1792-1853) alistou-se, disfarçada de homem, no Exército Brasileiro para lutar pela Independência do Brasil. Combateu com heroísmo nas batalhas da Barra do Paraguaçu, Pituba, Itapuã e outras. Recebeu de D. Pedro I a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Foi a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar no Brasil.
O monumento é uma escultura em bronze, de José Pereira Barreto, com pedestal de granito, inaugurado em 21 de agosto de 1953, no centenário de sua morte.

                                                        2 de Julho

Comemorações do Dois de Julho, em Salvador, com grande participação popular. Os desfiles, de longo percurso, saem da Lapinha e terminam no Campo Grande.

                    Heroina


Maria Quitéria em desenho de Augustus Earle, publicado no livro de Maria Graham, em 1824. Earle foi o mesmo desenhista que acompanhou a expedição do Beagle, com Charles Darwin.
Maria Graham conheceu pessoalmente a heroína da Independência do Brasil, que lhe contou que usava um uniforme de um dos batalhões do Imperador, com a adição de um saiote inspirado em uma ilustração de um highlander, que ela própria viu. Enfim, Maria Quitéria chegou mesmo a usar um saiote (kilt) escocês.

                                        Catharina Paraguaçu


Catharina Paraguaçu, representada no Monumento ao Dois de Julho do Campo Grande, segura um escudo com a inscriçãoIndependência ou Morte. A índia tupinambá, que viveu no século 16, representa aqui a participação ativa dos caboclos nas lutas pela Independência.
A estátua, de inspiração neoclássica, do escultor italiano Carlo Nicole tem feições de Ártemis, a deusa grega da caça. A adaptação, que seria inimaginável hoje, deve ser entendida dentro do contexto da época em que o Romantismo ainda permeava as inspirações de muitos artistas, como José de Alencar e sua Iracema. Michelangelo traçou o caminho quando esculpiu seu monumental David, com as feições do deus Apolo.





Copyright © Guia Geográfico - Eventos Históricos, 2 de Julho e 7 de Setembro.
                                                    http://www.bahia-turismo.com/independencia.htm