segunda-feira, 22 de junho de 2015

TUDO SOBRE A FESTA JUNINA




Origem da Festa Junina 

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial  (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal). 

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  

Festas Juninas no Nordeste 

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca  é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. 

Comidas típicas 

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 

Tradições 

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.


CRÉDITOS:http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm


FESTA JUNINA




Ricas em tradições, as festas de Santo Antonio, São João e São Pedro são comemoradas por todo o Brasil. Crianças, jovens e adultos participam dos festejos juninos a começar com as novenas e trezenas do glorioso Santo Antonio, cujo dia principal é 13 de junho; depois é a vez do São João, em 24 de junho, com os diversos fogos de artifício, as barracas de comidas típicas armadas nos terreiros dos arraiais, as danças das quadrilhas e os forrós, as bandeirolas coloridas que enfeitam todo o local da festa e as fogueiras que são armadas e acesas durante a  noite da festa, tudo numa grande alegria; e finalizando, em 29 de junho, é a vez do São Pedro, que que continua com os festejos.

 Lembro do meu tempo de criança. Adorava as festas juninas, por causa dos balões que coloriam o céu nas noites estreladas de junho. Eu colava com minha irmã e minhas colegas  de balão-beijo e balão bolo: cada balão que a gente avistava  no céu dava um beijo ou um bolo na outra. Era muito divertido, mas soltar balões atualmente, está proibido, pois é perigoso. Pode provocar incêndios nos locais onde cair um balão desses. 

As festas juninas são muito alegres. Uma vez juntamos todos os vizinhos da rua e formamos um "arraiá" dançamos quadrilha com direito até casamento na roça.Minha irmã foi a marcadora da quadrilha. Foi muito divertido, pois fizemos uma fogueira imensa, enfeitamos a rua com palmeiras, bandeirolas coloridas, armamos barracas, mesas com todos os pratos típicos da festa: canjica, milho cozido, milho assado, bolo de aipim, bolo de milho, bolo de carimã, bolo de tapioca, bolo de laranja, paçoquinha, queijadas, cocadinhas, e bebidas como quentão e licores de vários sabores. Todos os participantes que eram os moradores daquela rua estavam caracterizados de caipiras muito lindos e estampas bem coloridas. Brincamos, cantamos, dançamos, comemos, bebemos, nos divertimos a noite de 23 e entramos com o dia 24 de junho. Continuamos com a festa durante todo o dia.  Foi a melhor festa de São João que eu participei. Ah, eu fui a noiva do casamento da roça. Foi hilariante! 


                                               FELIZ SÃO JOÃO PARA TODOS!



sábado, 13 de junho de 2015

Santo Antonio de Lisboa



Santo António com o Menino Jesus em pintura de Stephan Kessler
Frade Franciscano e
Doutor da Igreja (Doctor Evangelicus)
Nascimento
Morte
13 de junho de 1231 (39 anos) emPáduaItália
30 de Maio de 1232, Catedral deEspoleto por Papa Gregório IX
Principaltemplo
livro, pão, Menino Jesus e lírio
Portugal (padroeiro secundário), Lisboa (padroeiro principal), Pádua, pobres, mulheres grávidas, casais, pessoas que desejam encontrar objectos perdidos, oprimidos, entre outros


Igreja de Santo António, em Lisboa, erguida sobre a casa onde segundo a tradição nasceu o santo português.

Aparição do Menino Jesus ao santo
A bênção dos pães de Santo António na cidade de Santo Antônio de Lisboa, no Piauí.
Devido à sua enorme popularidade, o seu onomástico¹ é comemorado com grandes festas em todos os locais do mundo onde a devoção se enraizou, movimentando romeiros, instituições sacras e profanas e também o comércio, e nas cidades onde os festejos são tradicionais e importantes enchem-se os hotéis, pousadas e restaurantes e as lojas oferecem recordações de variados tipos, que são vendidas aos milhares.41 Em Portugal se destaca a festa em Lisboa, sua cidade natal. Conceição Lopes descreveu o cenário:
"A festa de Santo António. De novo a Avenida da Liberdade na avenida enche-se e desfila com as marchas dos bairros. A festa cheira a sardinha e a manjericão. Pela noite dentro come-se sardinha, brinda-se ao santo António e aos amigos da casa, com vinho tinto. Saboreia-se a broa de milho, o pão com chouriço e o quente caldo verde e tudo num intervalar de danças, de conversas e outras brincadeiras no arraial do bairro. Fazem-se promessas, acertam-se namoros. O Santo António tem a devoção das noivas, Se o bendito Santo António / este ano me casar / cá voltarei para o ano / pôr flores no seu altar, e celebram-se casamentos na Sé. O manjericão enfeita o trono do Santo existente em cada bairro. Algumas fogueiras ainda se vêm resquícios das velhas festas dos solstícios que celebravam o sol. Cortejos, procissões, quermesses, romarias, bandas de música, teatro, animação de rua, carrossel, gastronomia, barraquinhas do sai sempre, os bairros de Lisboa vestem-se da de um imenso colorido a condizer com os comportamentos festivos em honra de Santo António. A iconografia da festa do Santo António ocupa as montras dos comerciantes da cidade e faz aumentar o negócio ao qual o jogo da Lotaria de Santo António também rende homenagem e fiéis do jogo. Tudo bate certo, se conjuga e harmoniza até o apadrinhamento do santo que desfila na procissão pela cidade, ou do altar, assiste ao sermão na Igreja, parecendo dar a bênção à respeitabilidade e seriedade da festa que o santo reconhece e as instituições aproveitam".


A praça da Matriz de Marcelino VieiraRio Grande do Norte, no dia da festa de Santo António.
No Brasil o santo é comemorado com entusiasmo semelhante. Na região Nordeste uma das maiores festas se dá em Barbalha, no estado do Ceará, durando vários dias. Inicia com a busca na mata de um pau que possa servir de mastro para a bandeira do santo, ocasião já cercada de ritualidade. Antes do corte, é feita uma oração que pede permissão à mata para a retirada e faz homenagem ao santo padroeiro, pedindo sua bênção para que o percurso aconteça sem acidentes. Quinze dias depois abrem-se os festejos com a celebração de uma missa onde os devotos oferecem votos e presentes entre a cantoria dos repentistas, agradecendo as boas colheitas e a prosperidade, seguida de uma grande procissão onde se carrega o pau da bandeira até a frente da Matriz, quando a bandeira é hasteada entre fogos de artifício. Diz a tradição que as moças que tocarem no pau da bandeira casarão dentro de um ano. Em seguida as ruas da cidade se enchem com um cortejo de manifestações folclóricas regionais, como o Reisado de Couro e de Bailes, a Lapinha, os Penitentes e o Reisado do Congo, com suas lutas de espadas, acompanhados de vaqueiros, quadrilhas, música de forró e danças de capoeira, maculelê, maneiro pau e pau de fitas. A festa encerra no dia 13 de junho com outra procissão com a imagem do santo carregada em um carro decorado, que inclui o cortejo de vários outros santos venerados na região. Pela sua importância a festa em Barbalha foi inscrita no registro de bens do patrimônio imaterial mantida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Também pode ser citada como importante a festa em Campo Grande, a maior da cidade, da qual António é padroeiro, subsidiada pela Prefeitura e contando com a participação de cerca de cem entidades beneficentes, atraindo cinquenta mil pessoas de toda a região que fazem suas devoções e ao mesmo tempo se divertem com shows, danças e jogos. Em Borba a festa de Santo António é a maior do interior do Amazonas, já tem mais de dois séculos de tradição e a basílica da cidade é a única da região Norte a possuir uma relíquia do santo. Em Salvador, na Bahia, o santo é reverenciado em praticamente todas as paróquias com a celebração da trezena, procissões e carreata, culminando com a missa festiva no dia 13 de junho, havendo duas igrejas com seu nome em que as festividades são bem mais intensas, quais sejam, Santo Antônio Além do Carmo, no centro histórico de Salvador e em Santo Antônio da Barra, sem esquecer a tradicional distribuição do pão bento. Em Osasco, no estado de São Paulo, a festa foi incluída oficialmente no Calendário Turístico do Estado de São Paulo. Boqueirão, no estado de Minas Gerais, comemora sua festa há 267 anos, atraindo romeiros de várias regiões de Minas, Goiás e Brasília ao longo de dez dias de festejos.
No sincretismo religioso, Santo António é conhecido no Candomblé como Exu, o orixá da comunicação. Também é identificado com Ogum, deus da guerra, também capaz de abrir os caminhos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Ant%C3%B3nio_de_Lisboa

SANTO ANTONIO

A história de Santo Antônio, o casamenteiro
 Publicado em 06 de Julho de 2013

Em Salvador, nas ladainhas, novenas e trezenas dedicadas ao santo, pode se o'vir exclamações espontâneas, como 'Antônio, me escuta!' ou 'Antônio, atende meu pedido!'. “De tão íntimo, dispensa-se o título de santo a ele', conta o estilista Mário Queiroz, que presenciou a cena numa igreja perto do Pelourinho. No meio dos pedidos, se clama pelo bem mais desejado na vida: uma cura, um marido, um emprego e até uma televisão de plasma, porque não é preciso ter vergonha de pedir algo importante ao santo. No Brasil, a figura do moço de traços nobres e bonitos com Jesus ao colo é vista em casas, altares, medalhinhas e santinhos. Ela se perpetua em nossa lembrança de forma carinhosa. “Desde criança tenho devoção a Santo Antônio. Sua imagem fazia parte do cenário da família”, lembra o frei Geraldo Monteiro De Roma, autor de Santo Antônio – Vamos Conhecer a Vida de um Grande Santo (Editora O Mensageiro de Santo Antônio). Trata-se de uma obra sobre a vida do frade que perambulou pela Europa no início do século 13.
O santo é tão amado que são inúmeras as crianças com seu nome em Portugal, França, Espanha, Itália e por aqui. Embora batizado de Fernando quando nasceu em Lisboa, em 1195, Antônio (“o propagador da verdade”) mudou seu nome ao se tornar frade, porque era isso o que o jovem português queria fazer: propagar a verdade de sua fé, difundir os Evangelhos e viver seu amor a Cristo em seu dia a dia.
Santo Antônio é popular porque amou os pobres, como exige a Ordem dos Franciscanos, à qual pertenceu. Segundo a tradição, dedicou sua vida a ajudá-los, inclusive materialmente. Alguns relatos contam que ele teria conseguido um dote para uma moça italiana casadoira (daí ser o santo das casamenteiras), outros falam que distribuiu pães doados por uma devota francesa que lhe atribuiu um milagre (segundo a tradição, o pãozinho bento dado pelas igrejas consagradas a ele no dia 13 de junho garante fartura em casa se colocado numa lata de mantimentos). O santo também teria o dom de devolver objetos e de obter vitória em causas perdidas devido a outro grande feito: teria convencido um noviço a se arrepender de lhe ter roubado o livro de orações depois de esse fiel ter avistado o diabo numa ponte.
Além das histórias ligadas a Santo Antônio, uma graciosa tela de um monge holandês no século 16 talvez tenha sido uma das maiores publicidades de seu carisma: ele pintou o santo se divertindo com as traquinagens do Menino Jesus espalhando livros pelo chão de uma biblioteca. Nela, Antônio mostra sua alegria e bondade com a Criança Divina, e por essa intimidade com o Menino Deus se tornou o santo ideal para receber nossos pedidos. Afinal, quem se importava com as brincadeiras do garoto também se importaria com nossos desejos tão humanos. É bom lembrar que Antônio se tornou franciscano quando São Francisco de Assis ainda estava vivo. Ele o conheceu e fez parte do movimento que revolucionaria toda a história da Igreja Católica. Sua opção pelos pobres e pela simplicidade vinha do seu coração, mas a imagem de frade generoso e bonachão não mostra totalmente quem Antônio era: um homem extremamente culto, leitor de autores gregos e latinos, com vasto conhecimento sobre a ciência de sua época, conforme se lê em seus sermões. Com extrema capacidade de usar bem as palavras e notável ardor, o frade conseguia converter o mais renitente dos ímpios. Sua coragem também era reconhecida. É homenageado por militares e se tornou patrono de muitos regimentos. No sincretismo religioso brasileiro, por exemplo, ele é considerado em parte do Brasil como Ogum, o orixá guerreiro (em algumas regiões, divide o título com São Jorge). Quando vivo, Antônio desejava, inclusive, tornar-se mártir: na juventude, foi ao Marrocos tentar converter os mouros, arriscando sua vida, e só voltou porque ficou muito doente. Segundo alguns estudiosos, talvez seja essa a razão pela qual as moças o “martirizem” quando ele não quer atendera seus pedidos (o deixam de cabeça para baixo, tiram o Menino Jesus de seu colo, o colocam na geladeira ou num poço...).
Antônio morreu na Itália no dia 13 de junho de 1231, aos 36 anos. O papa Gregório IX o canonizou apenas 11 meses depois de sua morte, e o chamou de “santo de todo mundo”, numa alusão à fama que ele tinha em vida. Se já foi célebre em seu tempo, hoje nem se fala. O protetor do Menino Jesus e das moças é amado em todo o Brasil.
http://casa.abril.com.br/materia/a-historia-de-santo-antonio-o-casamenteiro
13/06/2015>